Dentro de menos de um mês, vou estar morando na principal cidade chinesa, Shanghai, visualmente uma mistura de Manhattan (com seus enormes edifícios envidraçados, prédios moderníssimos, sobretudo no financial district of Pudong), de Los Angeles (com suas vias expressas elevadas) e de São Paulo (pelo seu trânsito caótico, ainda mais que em SP: os motoristas de taxi, bem como o do Consulado, simplesmente ignoram sinais, de qualquer cor, vão passando em cima dos pedestres, e virando para qualquer lado, independente do trânsito que também pode vir de qualquer lado).
Estou agora mesmo tratando da minha futura residência, um flat mobiliado, no Citadines, rede que eu já conheço de Paris, no lindo Quai des Augustins).
Bem, eu tenho muitos planos para minha estada na China: alem de aproveitar esta oportunidade única de ficar numa exposição universal durante todo o período de sua realização (seis meses, de maio a outubro), pretendo viajar muito pela China (aproveitando os fins de semana para escapadas em todas as direções da bússola, aliás um objeto que foi inventado, ao que parece, pelos próprios chineses), e escrever dois livros, um sobre a China contemporânea, um outro sobre a política externa brasileira (isto se eu conseguir manter o meu ritmo de trabalho, o que espero sinceramente).
As autoridades chinesas estão esperando mais de 70 milhões de visitantes, e acho que vai ser dificil relaxar, se sentir tranquilo e sozinho, neste mundareu de gente. Dificil se esconder por aqui, nessas condições.
Mas, vai ser uma boa aventura em minha vida já razoavelmente aventurosa.
Ainda bem que minha mulher, Carmen Lícia, está aprendendo mandarim, muito bem por sinal, tanto que acho que vou ter de pagar-lhe a tarifa da ONU para interpretação simultânea (merecida, reconheço).
Bem, talvez ela aceite o pagamento em livros, roupas e restaurantes...
Vai ser divertido...
Paulo Roberto de Almeida (Shanghai, 9 de março de 2010)
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