Friday, October 23, 2009

56) Universidades chinesas entre as melhores do mundo

As melhores universidades do mundo
por Cláudia Trevisan
O Estado de S. Paulo, 23.10.09

Há pouco mais de 40 anos, a China embarcou no delírio coletivo da Revolução Cultural (1966-1976), que levou ao fechamento das universidades e ao envio de milhões de jovens à zona rural para serem “reeducados” pelos camponeses. O ensino superior só foi retomado de maneira regular depois da morte de Mao Tsé-tung, em 1976, e o primeiro exame de seleção de alunos ocorreu em 1977.

Hoje, a China tem seis universidades na lista das 200 melhores do mundo preparada pela Times Higher Education, com sede na Inglaterra. O Brasil não tem nenhuma. A Universidade de São Paulo estava na lista no ano passado, na 196ª posição, mas foi excluída do ranking de 2009.
Dos quatro países que compõem o BRIC, o Brasil é o único que não está representado no levantamento deste ano da Times Higher Education. A Índia aparece com duas instituições, mesmo número da Rússia.

A China adotou nos últimos anos uma política agressiva de criação de um grupo de elite de universidades, com a atração de intelectuais chineses que trabalhavam em outros países e a contratação de professores estrangeiros. Em 2004, o país já tinha cinco universidades entre as 200 melhores do mundo e emplacou seis no ano seguinte. Outros países e regiões da Ásia avançaram ainda mais em anos recentes. A ex-colônica britânica de Hong Kong, que voltou ao domínio chinês em 1997, emplacou cinco instituições no ranking deste ano, uma a mais que em 2008. O Japão ampliou seu número de 10 para 11 instituições, seis das quais estão entre as 100 melhores do mundo.

A ascenção da Ásia tem relação direta com o recuo dos Estados Unidos, que passou de 58 para 54 instituições no ranking entre 2008 e 2009. Sob o impacto da crise econômica mundial, a posição do país deverá enfrentaquecer ainda mais nos próximos anos, na medida em que tenha de conter gastos públicos para amenizar o enorme e crescente déficit fiscal. Com sobra de caixa muito maior, a China deverá continuar sua ascenção e é bastante provável que amplie o número de instituições no ranking, do qual já fazem parte as seguintes universidades: Tshinghua, Pequim, Fudan, Shanghai Jiaotong, Ciência e Tecnologia e Nanjing. A única representante da América Latina é a Universidade Autônoma do México.

O ranking pode ser consultado no site:
http://www.timeshighereducation.co.uk/Rankings2009-Top200.html

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