OMC investigará China por preços de aço
Agências internacionais, 22.12.2009
A China recebeu ontem duas más notícias da Organização Mundial do Comércio (OMC). A primeira é que os juízes confirmaram uma decisão que classifica como ilegais as restrições impostas por Pequim à importação de CDs, DVDs e livros produzidos nos EUA. O segundo revés foi que a OMC aceitou um pedido de investigação sobre supostas práticas de manipulação de preços de matéria-prima, como aço e alumínio. O pedido foi feito por EUA, União Europeia e México.
Em agosto, a OMC já havia chegado a um veredito contrário à China no caso da produção cultural americana. A razão da disputa é uma medida chinesa que obriga gravadores, produtoras de cinema e editoras americanas a, de algum forma, associarem-se a estatais chinesas. Com a decisão de ontem, a China terá o próximo ano para adaptar sua política às leis internacionais de comércio. Caso contrário, os EUA poderão adotar sanções a produtos chineses.
Na outra decisão de ontem, a OMC concordou em abrir uma investigação sobre as tarifas que a China passou a impor às exportações de nove commodities, entre elas aço, alumínio, magnésio e bauxita. Os EUA, a UE e o México dizem que a tarifa desestimula as exportações chineses de itens que são fundamentais para as fábricas americanas, europeias e mexicanas. E, ao mesmo tempo, aumenta a oferta para as fábricas na China.
A UE já disse que 500 mil empregos na Europa são potencialmente ameaçados pelas tarifas chinesas. O novo painel será aberto em 45 dias. A China reagiu dizendo que os impostos têm o objetivo de deter o excesso de produção e as emissões de gases-estufa.
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