Thursday, September 24, 2009

44) Politica da China para a America Latina: material da impresa ocidental

President's Latin America tour cements Beijing's trade clout
The Guardian, Wednesday November 19 2008

China's president, Hu Jintao, is leading scores of Chinese business people on a sweep through Latin America to reinforce Beijing's growing economic clout in the region.

Hu launched free trade talks on a visit to Costa Rica, before flying to a rapturous reception in Cuba. This week he will also be one of the stars at a Pacific rim summit of 21 nations in Peru. By then, Beijing's delegation will have grown to 600 people, including 12 ministers.

"China's relations with Latin America and the Caribbean have never been so close," Hu told Peru's El Comercio newspaper.

In contrast to Russia's politically charged push into the region - which involves selling arms and challenging US influence - Beijing's focus is on agriculture, raw materials and markets for its exports.

China's trade with Latin America has risen tenfold to $102bn (£68bn), and it has toppled the US as Chile's main trading partner since 2000, although the US remains the region's main economic partner, with $560bn in trade last year.

Cuba's state news agency reported that Hu signed almost a dozen agreements with Cuba, including plans to upgrade infrastructure and buy sugar and nickel. China hopes to sign a free trade deal this week with Peru to obtain better access to its copper and iron deposits. There is already a $2.2bn deal to extract 7m tonnes of copper from a single Peruvian peak.

In Brazil, the Chinese are negotiating to build a $3bn steel mill with help from the Bank of China, which is to open a branch there next year. China has also sunk billions into oil exploration in Ecuador, Colombia and Venezuela.

China has wooed several Latin America states away from its rival, Taiwan. As a reward, Costa Rica is to receive a $300m soft loan, help with building a 30,000-seat stadium and modernising an oil refinery. In a symbolic step, China last month invested $350m in the Inter-American Development Bank, a signal that it wants to be a long-term player in the region.

As China's clout grows, that of the US dwindles. The economic slowdown is expected to hit Latin American exports to the US, as well as remittances from Latino migrants.

"The reality is that to some degree the fate of Latin America has been decoupled from the US," Daniel Erickson, of the Inter-American Dialogue thinktank, told the Associated Press. "Or at least it's not as tightly entwined as it used to be."

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China reforça laços com região
América Latina é foco de ações do governo de Pequim
Cláudia Trevisan, Beijing
Valor Econômico, 19 de Novembro de 2008

A China está determinada a ampliar os laços políticos, econômicos e militares com a América Latina por meio de acordos de livre comércio, intensificação de visitas de chefes de Estado, aumento de investimentos e troca de informações entre comandantes das Forças Armadas. O vice-presidente da Comissão Central Militar do Partido Comunista, Xu Caihou, inicia esta semana uma agenda de visitas a Venezuela, Chile e Brasil, nas quais encontrará com ministros, autoridades militares e presidentes.

Xu estará em Brasília na próxima semana e se reunirá com o ministro da Defesa, Nelson Jobim, e comandantes das Forças Armadas. Também é possível que seja recebido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A visita coincide com a viagem à região do presidente Hu Jintao, que chega hoje a Lima, no Peru, onde assinará um tratado de livre comércio (TLC). Na segunda-feira, Hu esteve na Costa Rica e Cuba.

As relações entre a China e a América Latina ganharam impulso com a entrada de Pequim no Banco Interamericano de Desenvolvimento, no mês passado, e com o lançamento do primeiro documento que delineia a política oficial do país em relação à região, divulgado no início de novembro. O texto defende a intensificação de relações nos campos político, econômico, cultural e social e nas áreas de paz e segurança.

Na avaliação do embaixador do Brasil em Pequim, Clodoaldo Hugueney, a divulgação do documento reflete a disposição da China de dar "grande prioridade" à relação com a região. Segundo ele, o documento sobre relações da China com América Latina e Caribe é abrangente e oferece um enorme leque para a cooperação entre as regiões - entre elas, a questão dos biocombustíveis, uma das prioridades do presidente Lula.

O comércio entre a China e a América Latina cresceu dez vezes desde 2000 e o país asiático está entre os principais destinos de exportação de vários países da região, como Brasil, Chile e Argentina. 

Ontem, o jornal oficial China Daily publicou declarações do diretor de relações internacionais do Ministério de Defesa Nacional, Qian Lihua, segundo as quais a visita de Xu à região não coloca em risco interesses de outros países. "A cooperação e as trocas militares são uma importante parte da relação da China com a América Latina e desempenham um papel positivo na promoção de seu desenvolvimento", declarou Qian Lihua.

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