19) Retrocesso cambial com a China

Não considero uma idéia particularmente brilhante. O mundo demorou muitos anos para adotar um regime multilateral de pagamentos. Retroceder para moedas não conversíveis, num esquema puramente bilateral de comércio, não é um avanço, e sim um retrocesso...

Brasil e China devem substituir dólar no comércio bilateral
O presidente do Banco Central do Brasil, Henrique Meirelles, explicou em declarações ao The Wall Street Journal que o acordo com a China deverá beneficiar, essencialmente, os pequenos exportadores, ao permitir redução de custos, enquanto que os grandes exportadores deverão continuar a recorrer ao dólar americano.
As negociações começaram em junho, depois de o presidente Lula ter lançado a proposta durante a sua visita à China, em maio, com vista a incrementar o comércio bilateral e a reduzir a dependência face ao dólar nas trocas comerciais.
A China assinou recentemente acordo semelhante com a Argentina, o primeiro país da América do Sul a beneficiar-se das trocas comerciais na respectiva moeda com o gigante asiático.
O Brasil e a Argentina têm o mesmo acordo desde setembro de 2008 e, em julho, as exportações do Brasil para aquele país atingiram R$ 26 milhões em 109 transações efetuadas, o máximo atingido desde a entrada em vigor do acordo, o que representa ainda cerca de 2,1% do total de exportações do Brasil para a Argentina, segundo dados do banco central brasileiro.
Até agora, apenas as empresas de dez países da Associação das Nações do Sudeste Asiático estão autorizadas a realizar trocas comerciais em renmimbi com empresas de cinco cidades do continente chinês, Hong Kong e Macau, sob um programa piloto que teve início em julho e que envolve no total 400 empresas.