Tuesday, July 6, 2010

China-Iran: nao ultrapassar as sancoes da ONU

China critica países que adotaram sanções adicionais contra o Irã
Associated Press, 06 de julho de 2010

Pequim diz que potências deveriam aplicar medidas da ONU da forma correta, não ampliá-las

PEQUIM - O governo da China disse nesta terça-feira, 6, que os EUA e outras nações não deveriam adotar sanções unilaterais contra o Irã além da resolução já adotada pela Organização das Nações Unidas (ONU) por conta do controverso programa nuclear do país persa.

"A China apoia as sanções das Nações Unidas. Mas a China também acredita que os países deveriam aplicar de maneira correta as medidas em vez em ampliá-las", disse o porta-voz da chancelaria chinesa, Qing Gang.

Ainda assim, a China afirma que seu apoio às sanções não devem ser obstáculos para os esforços pela busca de uma solução diplomática e pediu que fossem realizadas novas tentativas de retomar o diálogo com o Irã sobre o programa nuclear.

A China, um dos membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, não exerceu seu poder de veto em junho, quando as sanções foram aprovadas. Os chineses inicialmente eram contra a resolução por conta da proximidade econômica com o Irã, mas cedeu o apoio às medidas por conta das pressões internacionais. Pequim, porém, só concordou em respaldá-las se não comprometessem o comércio entre os dois países.

O comércio entre a China e o Irã alcançou pelo menos US$ 36,5 bilhões em 2009. O Irã supre cerca de 11% das necessidades energéticas da China e algumas empresas chinesas tem em Teerã grandes investimentos e projetos de extração de hidrocarbonetos e constroem no país persa estradas, pontes e usinas elétricas.

As sanções eram pretendidas pelas potências ocidentais pelos temores de que o programa nuclear do Irã tenha como objetivo a produção de armas nucleares. Teerã, porém, nega e diz que enriquece urânio apenas para fins pacíficos.

As novas medidas aprovadas pela ONU são direcionadas à Guarda Revolucionária Iraniana, ao programa de mísseis balísticos e aos investimentos no programa nuclear do país.

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