Diplomatas chinês e brasileiro consideram conflitos comerciais um sinal positivo entre as relações bilaterais
Xinhua, 10/8/2009
Beijing, China - Conflitos são sinais positivos do aumento das relações comerciais entre a China e o Brasil, concordam o embaixador brasileiro na China, Clodoaldo Hugueney, e o ex-embaixador chinês no Brasil, Chen Duqing, no seminário "Parceria Estratégica Brasil-China em Novo Cenário Internacional".
O evento foi co-patronizado pela Embaixada Brasileira na China e o Centro de Estudos Brasileiros do Instituto da América Latina, da Academia de Ciências Sociais da China, para comemorar o 35º aniversário do estabelecimento das relações diplomáticas China-Brasil.
Os último 35 anos vêm testemunhando um progresso satisfatório no avanço dos laços bilaterais China-Brasil, disse o diplomata chinês, quando fez um retrospecto sobre a história diplomática entre as duas nações. "Agora as relações bilaterais estão no melhor momento na história", indicou Chen, acrescentando que nos segmentos de política, economia, cultura e tecnologia, entre os outros, a China e o Brasil gozam de uma base sólida e um espaço enorme de desenvolvimento, o que pode ser demonstrado pelos frequentes intercâmbios e visitas entre lideranças, aumentando a parceria comercial entre os dois países.
O ex-embaixador chinês afirmou que realmente existem conflitos no comércio China-Brasil, mas isto é um sinal muito bom, pois mostra que os dois lados estão produzindo mais trocas e intercâmbios. Sua opinião foi apoiada depois por Hugueney, que disse "conflitos só existem entre amigos ou casais".
Porém, Chen sublinhou que o investimento mútuo ainda é pequeno em comparação com a escala econômica das duas enormes potências emergentes. A "Agenda China" e o "Plano de Aceleração do Crescimento", esforços feitos pela parte brasileira oferecerão oportunidades e espaços para este sentido, os dois governos devem estimular a ampliação de investimento mútuo e a definir como uma meta de longo prazo, assinlou Chen.
Hugueney também fez o mesmo comentário ao analisar a situação atual e a perspectiva das relações entre o Brasil e a China. Segundo ele, o principal trabalho para o Brasil ainda envolve a diversificação da pauta dos produtos exportados do Brasil para a China, para que seja estabelecida uma arquitetura comercial mais estável entre as duas economias.
Hugueney indicou que, o Brasil e a China não têm divergências históricas, e todos os problemas podem ser resolvidos através do diálogo, neste contexto preferencial, as duas partes devem aproveitar todas as condições para promover a parceria estretégica Brasil-China.
"O desenvolvimento das relações entre o Brasil e a China nos próximos 35 anos será melhor que os últimos 35 anos", expressou o embaixador brasileiro, no final do discurso.
Também compareceram ao seminário representantes de vários órgãos governamentais e principais firmas chinesas e brasileiras.
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